O que está sendo feito para preservação e conservação


Mata Atlântica
A aprovação na Câmara dos Deputados do texto que modifica o Código Florestal não poderia cair em uma semana menos paradoxal: um dia antes do Dia do Trabalhador Rural, e dois antes de hoje, 27 de maio, Dia da Mata Atlântica. Uma das florestas mais importantes - e também mais ameaçadas – do mundo, a Mata Atlântica abriga boa parte da biodiversidade de nosso país, sendo que 30% das espécies são consideradas endêmicas, ou seja, encontradas apenas nesta localidade.
Ainda, segundo o IBAMA, 70% dos animais brasileiros ameaçados de extinção são encontrados neste bioma. Não é para menos, estima-se que apenas cerca de 7% da Mata Atlântica original continua de pé, o que é o resultado de um processo de séculos de exploração e desmatamento. Pode até não parecer, mas esta é uma realidade que ameaça também a vida humana. De acordo com a Campanha Mata Atlântica na Bahia, cerca de 70% dos brasileiros vivem em áreas com presença dessa floresta – faixa litorânea que vai do norte ao sul do país. Em outras palavras: esse bioma desempenha um papel vital na manutenção de padrões ambientais (qualidade do ar, da água, equilíbrio do clima, etc) e também de atividades humanas (pesca, agricultura, lazer, etc.).
Vale lembrar que apenas 3% da área original estão “protegidas” do ponto de vista legal (por meio das Unidades de Conservação – UC)- número que deve diminuir, caso as mudanças no Código Florestal sejam aprovadas. E para que possamos finalmente comemorar essa data, esse cenário precisa mudar. Além da Lei da Mata Atlântica, aprovada em 2006,  que trata da utilização e proteção da mata nativa, outra iniciativa que merece destaque é o Projeto Corredores Ecológicos – PCE, uma parceria entre órgãos governamentais e instituições da sociedade civil que tem por objetivo principal a redução e prevenção do processo de fragmentação das florestas Amazônica e Mata Atlântica, além da proteção da biodiversidade presente nesses biomas. Os chamados Corredores Ecológicos são extensas áreas, definidas a partir de suas características biológicas abrangendo tanto os ecossistemas terrestres como os aquáticos, que por meio da conexão planejada de diferentes áreas (unidades de conservação, terras indígenas, etc) tem como objetivo proporcionar a conservação dos remanescentes florestais, além do livre deslocamento de animais e dispersão de sementes.  O Projeto vem sendo implantado em duas áreas: o Corredor Central da Mata Atlântica (CCMA), região Sul da Bahia e todo estado do Espírito Santo, abrangendo 21,5 milhões de hectares, e o Corredor do Amazonas (CMA), no estado do Amazonas, com 52 milhões de hectares.
Por último, trago duas dicas: a primeira é sobre um quiz desenvolvido pela WWF Brasil para testar seus conhecimentos sobre o bioma Mata Atlântica (acertei 8 das 10 questões) e a segunda é um sorteio de um kit do Projeto Corredores Ecológicos (muito obrigado Vivi). Jogue o quiz e participe de nosso sorteio.

Ass: Maryanne Trindade n° 33

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